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domingo, 5 de agosto de 2018

O Fascínio e o Mistério da Flor de Lótus

(VALE A PENA REPOSTAR DO ANTIGO BLOG DO BIOJARLA)


A Flor de Lótus é venerada, principalmente, na Índia e no Japão. Oráculo disse que essa é uma flor que simboliza a espiritualidade.
A semente dessa flor pode ficar cerca de 5 mil anos sem água, somente esperando a condição ideal de umidade para germinar. Ela nasce na lama e só se abre quando consegue atingir a superfície, onde exibe as suas lindas e luminosas pétalas, que são autolimpantes, ou seja, têm a prioridade de repelir microorganismos e poeiras. Ela também é a única planta que regula o seu calor interno, mantendo-o por volta dos 35º. O botão dessa flor tem o formato de um coração e suas pétalas não caem quando a flor morre, elas apenas secam.
Para os chineses, o passado, o presente e o futuro estão simbolizados através da Flor de Lótus, sendo respectivamente, pela flor seca, pela flor aberta e pela semente que está prestes a germinar.
Já nas gravuras indianas os deuses costumam aparecer em pé ou sentados sobre a flor. A tradição budista conta que quando Siddharta (que se tornaria o Buda) tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus crescerem. Representando cada um dos sete passos do Bodhisatha um ato de expansão espiritual. O conhecimento supremo espiritual é comparado ao florescimento do Lótus de mil pétalas no topo da cabeça, e seria equivalente á auréola dos santos da Igreja Católica.
Mas a flor de lótus (Nome científico: Nelimbonaceae nucifera) fascina não só os adeptos das religiões orientais e esotéricos em geral, mas também cientistas e empresários, isso mesmo, veja só: Pesquisadores da Universidade da Adelaide, na Austrália, estudam uma estranha característica da flor: assim como os seres humanos, ela é capaz de manter sua temperatura em torno dos 35 graus. Alguns biólogos já conheciam plantas que emitem calor durante a abertura de suas pétalas, mas manter a temperatura, assim como os mamíferos, é algo que apenas a flor de lótus consegue (pelo menos isso é o que foi observado até então). Cada botão da lótus libera 1 watt de energia, ou seja, se você tiver 60 florzinhas dessas consegue energia para ligar uma lâmpada de 60 watts, muitas dessas em sua casa pode deixar o ambiente bem morninho... mas não é apenas isso que a lótus tem de impressionante, os cientistas do Instituto Botânico da Universidade de Bonn, na Alemanha, estudam outra curiosidade do Lótus: suas folhas são autolimpantes, isto é, repelem microorganismos e poeira, e foi isso que chamou a atenção de empresários, como disse algumas letras acima. Desenvolvida pelo botânico alemão Wilhelm Barthlott, da Universidade de Bonn, a tecnologia está sendo utilizada em vários produtos. O primeiro é uma tinta, batizada de Lotusan e fabricada pela alemã Ispo. Quando aplicada nas paredes externas de edifícios, a tinta repete a estrutura da superfície das pétalas e se torna, surpreendentemente, autolimpante. E tem mais. Outra empresa alemã, a Erlus, começou em 2000 a produzir outro produto com a mesma tecnologia. Telhas, a Lótus-Rot. Como na caso da tinta, o efeito lótus é reproduzido na superfície da telha, que também é autolimpante e repele a água. O potencial que pode ser encontrado com a tecnologia baseada na flor-de-lótus parece infinita. Instrumentos médicos ou talheres, que estão sempre limpos, móveis externos que não sujam com a poluição, um verniz autolimpante para automóveis... para terminar mais uma contradição ao nossos paradigmas, pensávamos que as superfícies lisas seriam as mais fáceis de limpar, mas tal lótus vem nos mostrar que não é bem assim. Ela é autolimpante porque é coberta por milhares de poros microscópicos, e é essa porosidade que impede que a sujeira se acumule, sendo facilmente carregada pela chuva, pois nem a água adere à sua superfície. 

FOTO (ACIMA) ENCONTRADA NO LINK DA FONTE




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